Quando senti seu cheiro pela primeira vez, pensei se tratar de um perfume masculino bastante doce e puxado para o lado feminino. Não que perfumes devam ser usados conforme seu gênero, mas falo pela convenção que se criou na perfumaria.
Masculino por ser carregado na canela picante e apimentada, feminino pelo fato dessa canela ser bastante doce. Bom, podemos dizer que o gênero não importa, mas gosto do fato de ser lançado como feminino, por ser uma categoria de temperos que ainda não foram usados à exaustão no gênero.
A pimenta preta é amadeirada, mas sua presença rústica se apresenta com proeminência apenas no início. A canela doce não está sozinha, traz consigo um aspecto esfumaçado e terroso, ardido, doce e quente por um lado graças ao cravo, por outro lado é gelado e quase canforado, graças ao gengibre. E em ambos é forte. Chamego é o calor de um abraço em que se sente a pele quente de outra pessoa.
Me traz à memória aquelas balas de canela redondas, ardidas e docinhas.
Almíscar ao fundo segura todos esses ingredientes picantes amenizando qualquer aspecto indesejado de sujeira, dando um ar mais limpo. O âmbar, o doce resinoso mais adequado ao tipo de perfume, traz calor e doçura na medida.
Fez parte da linha Amó em 2010.
Notas
Saída: pimenta preta, gengibre e bergamota.
Coração: cedro, trevos e canela.
Base: sândalo, almíscar e âmbar.
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