quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Infinite Moment, Avon


Surgiu em 2012, ficou pouco tempo no catálogo sem muita expressão de público e logo saiu. É compreensível, porque, digamos, é um perfume é just ok, cheiro comum, nada marcante. Com o plus: frutal enjoativo no meio da evolução. Mas não, não é ruim e essa não é uma resenha só pra falar mal dele, seria injusto. É agradável e seguro dependendo dos sprays.

Abre floral verde e limpo, com um leve toque do doce frutal que virá a seguir. Ponto positivo 1, essa fase limpa é minha favorita. 

Chutei que tivesse gardênia ou jasmim com alguma frésia no meio, mas consta dama da noite (da família do jasmim) e violeta, dado o tom verde e molhado que surge aqui e ali na saída. Logo na entrada recebemos uma taça de Kir Royal, mas sinto mais o doce licoroso do cassis do que qualquer presença alcoólica. Esse aspecto, no entanto, é interessante, brilhante e fresco.


Não sei qual a diferença entre a folha de framboesa e a fruta em si, mas aqui não percebo muito essa mudança. Ora eu o sinto predominantemente floral, ora com essa frutinha destacada. Framboesa artificial e enjoadinha aqui e ali, mas nada ultra doce. Ponto positivo 2.

Ponto negativo: as letras do frasco se descolaram todas em pouco tempo, mesmo estando bem guardado. Mal sinal sobre o cuidado com a produção. Quanto ao desempenho, dura razoavelmente, projeta melhor na saída, mas peca no coração e no drydown. 

Mantive ele por ter sido presente, e por ser uma opção segura pra levar em viagens, pra me sentir cheirosa sem esforço, mesmo sendo facilmente esquecível. Gosto da ideia de ter perfumes assim, mesmo não sendo meu tipo, porque não é toda ocasião que pede algo chamativo, e às vezes é difícil conciliar o perfume com o ambiente.

Notas
Saída: violeta, folha de framboesa, kir royale.
Coração: dama da noite, orquídea diamante, hinoki.
Base: baunilha, patchouli, fava tonka.

Nenhum comentário:

Postar um comentário