Na primeira borrifada, achei Elysée estranho, ardido, canforado demais. Pensei "quem pode achar isso aqui bom?" Uma amostra me fez mudar completamente de opinião.
Abre ardido, já com o patchouli, que manda na saída junto com os temperos. Açafrão? Pimenta? Gelado, picante e levemente doce, a saída é bastante atraente. O patchouli é terroso, por vezes cheira terra molhada na minha pele, mas perde esse aspecto canforado e forte depois de meia hora.
A nota fantasia de sorbet parece ser mais referente ao efeito gelado que se sente logo nos estágios iniciais, o que eu sinto vem de temperos como a pimenta e a canela, adoçado por frutas, mais do que a sobremesa cremosa.
O coração é dominado pelo combro rosa+almíscar, efeito cremoso e delicadamente doce, desses cheiros limpos que envolvem a pele. Ponto positivo.
Elysée é maduro, diferente, foge dos frutais e gourmands, mas continua totalmente usável. Não fosse o preço elevado, eu teria esse bonito.
Notas
Saída: tangerina, frésia, pimenta rosa, framboesa, sorvete, canela e maçã.
Coração: notas florais, ylang ylang, rosa e peônia.
Base: patchouli, âmbar, cedro do Texas, sândalo australiano, benjoin, fava tonka, almíscar, íris e baunilha.
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