segunda-feira, 23 de abril de 2018

Lumière, Fiorucci


Estava com crise de rinite há semanas quando provei ele pela primeira vez. Passei dois sprays na pele, senti algo semelhante ao Olympéa, mas a saída era mais fresca, pouco salgada, com doses diluídas de baunilha.

"Deve ser uma inspiração distante do Olympéa, né" pensei. Cinco minutos depois a bomba chegou. Isso porque eu estava com o olfato mais fraco. 

Aquela baunilha forte com doses bem medidas de sal estava lá, exalando para quem quisesse sentir (e quem não quisesse também). O bicho é atrevido e forte, tal qual sua inspiração.

As diferenças são poucas, quem sente de longe não as percebe, mas na nossa pele é possível notar bem como Lumière é mais cremoso, menos "agudo" nas notas de sal, com uma baunilha menos ousada. Digamos que seja uma solução mais palatável ao gosto do grande público, mas tira um pouco da ousadia do original. Coisa mínima.

Aquela sugestão gourmand do Olympea também está presente nesse Fiorucci, e a jasmim é uma boa figurante. A base é meio polvorosa, agradável e quente, como em quase todas as fragrâncias da marca que provei.

No final ele cumpre a proposta de ser um bom contratipo do Olympéa, mas nesse quesito prefiro o Terapia do Caviar, da Boticário. É mais redondinho, mais ousado nas notas salinas e se parece mais. 

De modo geral, gosto das fragrâncias da marca. No quesito projeção, não tenho nem do quê reclamar. O frasco também é bonitinho.

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