sexta-feira, 19 de abril de 2019

Hypnôse, Lancôme


Vou começar pela parte super-sincera: acho a saída imediata do Hypnôse bem irritante! É uma baunilha frutada tão doce e artificial que chega a amargar. Essas características me fizeram ficar longe do perfume por muito tempo.

Até que um belo dia senti o dito cujo na pele de outra pessoa. E aquele perfume era maravilhoso. Doce, sensual e marcante.

Dei mais algumas chances e percebi que essa saída dura apenas uns minutinhos, até se transformar em uma linda junção de pétalas e caldo cítrico-adocicado de passiflora. A flor de maracujá carrega um aroma mais contido e bem definido que o frutal maracujá da perfumaria. 

Aos poucos ela vai suavizando e dando lugar à baunilha que eu sinto logo na saída. Dessa vez mais cremosa e menos enjoativa. É uma baunilha diferente das demais, mais açucarada, mas nada semelhante às mil baunilhas docinhas e bobinhas por aí. Junto à ela, almíscar cremoso, com um cheirinho adstringente de hidratante.

No coração, percebi algo terroso abraçar as flores brancas. Era um vetiver bem trabalhado, sem aquele amargor animálico que essa junção costuma ter, apenas um ar mais sério. Essa fase é apenas de-li-ci-o-sa!


Hypnôse requer tempo para apreciar suas nuances. Hoje percebo que é um perfume para fazer as pessoas se apaixonarem por você.

Essa bombinha dura muitíssimo e projeta bem. Foi lançado em 2005.

Notas
Saída: passiflora.
Coração: jasmim e gardênia.
Base: baunilha e vetiver.

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