Floral oitentista (ok, final dos anos 70) com todos aqueles
quilos de flores brancas típicas da época, mas sem as mangas bufantes com
ombreira e cores fortes, só um pouco de batom exagerado. Um pouco atalcado,
juro que tem aldeído em algum lugar dele. Me traz à memória casas antigas que
costumava visitar com minha avó, as roupas e as pessoas, mais antigas que o
período em que foi criado. Definitivamente uma criação bonita, não é fácil de
usar, é diurno e sério, porém não é fraco, dificilmente desagradará alguém se
for bem dosado. Estreou a linha de perfumes da Cacharel em 1978.
Bastante floral, com uma quantidade absurda de notas pouco
distintas, ênfase na tuberosa comum à época, mas ela não é a estrela absoluta, porque o Jacinto do Anaïs Anaïs grita na pele. No geral é um perfume bem seco, com um pouco do verde e do cremoso do lírio, do
talco da íris e cheiro forte, carnal e de plástico das flores brancas noturnas.
E aqui, todas as fores brancas estão em sua forma mais indol. Com a evolução, se torna menos carnal e mais confortável,
mais atalcado e suave.
Adoro a embalagem, a ideia de algo virginal e delicado,
quando essas flores brancas não são exatamente delicadas, mas sexuais e
selvagens, e contrastam com a pureza e limpeza do restante da composição,
tornando-o mais equilibrado. Projeta bem e necessita de cautela.
Notas
Saída: flor de laranjeira, lavanda, gálbano, madressilva, jacinto,
limão siciliano, bergamota, cassis e lírio branco.
Coração: jasmim marroquino, madressilva, cravo, tuberosa,
Íris, lírio, raíz de orris, ylang-ylang, lírio-do-vale e rosa.
Base: couro, sândalo, âmbar, patchouli, almíscar, musgo de carvalho,
vetiver, incenso e cedro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário