sábado, 10 de dezembro de 2016

Jasmiña Colada, Daniel Barros


Um dos mais femininos da coleção, Jasmiña Colada (2016) foi inspirado no drink tropical latino Pinã Colada, à base de abacaxi. E por tropical, eu entendo um aroma aberto, doce, frutado e alegre.

Na abertura, bem nos primeiros segundos, tive a ligeira impressão de estar passando o óleo Sève de Amêndoas Doces na pele. Foi rápido, durou apenas um minuto, mas foi interessante. Acredito que seja o ambargris, com um aspecto resinoso, o responsável por essa sensação quase viscosa. Não tardou para que eu percebesse que ele segue um caminho distinto.

Dona Jasmim frutada toda poderosa aqui. Engraçado como as flores possuem várias facetas e formas de serem trabalhadas. Até a tuberosa, que juntamente com a jasmim dão seu toque seco-crocante (eu sinto crocância nessas flores, ok?), é doce. É um floralzão crocante e doce, com aroma de chiclete de tutti-frutti, que não vem das frutas, vem das flores mesmo.

O abacaxi não tem nada ácido, é doce, cremoso, condensado. Álcool não senti, ele é pungente na doçura, sendo um dos mais fortes em termos de projeção. Sério, o bicho projetou muito na minha pele. Ao mesmo tempo, tem uma forte pegada seca, quase empoeirada, do floral branco, que o torna curioso. Seco e cremoso ao mesmo tempo. Muito doce e floral. Jasmina é uma contradição agradável, mas poderia ser menos doce, mais leve e mais tropical. 


Notas 
Saída: abacaxi, coco, rum, néroli e magnólia.
Coração: jasmim, lírio-do-vale, ylang ylang e tuberosa.
Base: leite, açúcar, sândalo e ambargris.

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