terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Chloé by Karl Lagerfeld, Chloé


Lançado em 1979 por Karl Lagerfeld marcando passagem pela grife, sua propaganda atestava que a mulher não passava, simplesmente, os perfumes de Lagerfeld, mas entrava neles. Foi um sucesso na época, retratando bem qual era o hype perfumístico no momento. Posso ver claramente as atrizes nas novelas do período usando Chloé sob seus blazers claros e cabelos curtos.

Deveriam ter mantido o frasco antigo, muito mais bonito que o atual

Sobre o aroma, flores e aldeídos, eis o que sinto do começo ao fim. Cheiro de sabonete fino, confortável, mas muito elegante. Tem dois pés no Anaïs Anaïs, tanto nas flores, quanto na enorme quantidade de notas. Acho ambos bem semelhantes, no geral, mas aqui a tuberosa fala mais alto. Ela reina quase absoluta de um lado, enquanto os aldeídos assabonetados buscam equilibrar do outro. Uma rosa discreta aparece aqui e ali, um pouco atalcadinha. O restante é uma avalanche de cheiros bem dosados e quase imperceptíveis separados, criando um aspecto de banho recém tomado cujo sabonete de flores ainda exala da pele.

Acho-o atemporal, embora possa parecer datado e o tipo de perfume que mulheres mais velhas usariam, ele tem uma aura de juventude que nunca se esvai. 

Apesar de ter me rendido bons elogios, desandou na minha pele graças ao meu problema com tuberosas, por isso só fiquei com o hidratante, com aroma semelhante, porém domado. É bonito, mas tem que gostar bastante de florais.

Notas
Saída: aldeídos, madressilva, flor de laranjeira, coco, lilás, pêssego, jacinto, ylang-ylang e bergamota. 
Coração: cravo, tuberosa, raíz de orris, jasmim, rosa e narciso.
Base: sândalo, âmbar, almíscar, benjoin, musgo de carvalho e cedro.

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