segunda-feira, 3 de julho de 2017

Noa, Cacharel


Há algo de angelical no Noa, de 1998. Pensei ser totalmente diferente pelas notas, que apontavam para um perfume um pouco mais carregado, de várias facetas contrastando. O que senti foi o oposto.

Noa é bastante adstringente, limpo e assabonetado, sem cheirar a talco. Leitoso, lembra hidratante (na verdade, desodorante), com ares de limpeza graças às tais notas "verdes", sem ser cítrico (nadinha cítrico, ok?).

É confortável e delicado, simples em sua essência, predominando o trio almíscar branco + peônia + lírio-do-vale, para efeito de pele depois do banho. O lírio aparece para dar um ar cremoso, e um doce tímido sorri ao fundo. Essa simplicidade fez dele um clássico de presença sem incomodar, que exala e se mantém na pele.


Se a moda de perfumes "nude" realmente fosse o que diz ser, seriam parecidos com Noa. Bonito, uma "segunda pele" que está ali apenas para trazer conforto àqueles que se aproximam, mas meio inexpressivo para quem busca algo mais.

Notas
Saída: ameixa, notas verdes, frésia, pêssego, peônia e almíscar branco.
Coração: grama verde, lírio, jasmim, ylang-ylang, lírio-do-vale e rosa.
Base: coentro, sândalo, fava tonka, baunilha, café, incenso e cedro.

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