segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Bonbon, Viktor & Rolf


Há dois tipos de pêssego na perfumaria, o primeiro é artificial, infantil, não tem cheiro da fruta em si, mas de produtos industrialmente aromatizados, normalmente usados em composições juvenis. O segundo é doce, brilhante, suculento e chamativo. É raro, mas quando encontro esse segundo, sei que o perfume teve cuidado ao selecionar a composição das notas-fantasia.

Bonbon é desses perfumes direto ao ponto. O nome já entrega o caráter gourmand; a saída, o desabrochar e a base também não fazem cerimônia, todas elas giram em torno de: caramelo. Caramelo doce, doce, vívido, cremoso, denso, do tipo que enche a boca. E esse caramelo não vive sem o pêssego suculento e delicioso que a fragrância traz! Pode fechar a conta, porque encontrei o pêssego que eu tanto procurava, encontrado somente no Escada Margaretha Ley, mas aquele é cheio de jacinto desnecessário.


O caramelo é bem doce na saída, bem "cru", maltol puro, felicidade das formiguinhas e pesadelo dos mais sensíveis. É óbvio que Bonbon é bem doce, mas o coração é mais sossegado e passa longe do açúcar de Pink Sugar e derivados. Eu diria que é um meio termo, em um frasco bem tchutchuquinho. Lançado em 2014.

Notas
Saída: tangerina, laranja e pêssego.
Coração: caramelo, flor de laranjeira e jasmim.
Base: madeira guaiac, sândalo, âmbar e cedro.

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