segunda-feira, 20 de novembro de 2017

La Vie Est Belle, Lancôme


A cada cinco pessoas usando perfume em uma sala, 3 ou 4 usam La Vie, lançado em 2012. O sucesso dele é tão absurdo que chega a ser assustador.

La Vie tem esse acorde principal que é uma mistura de baunilha cremosa, sem soar pungente/açucarada, com uma nota gourmand genérica que chamam na pirâmide de pralinê.

Esse acorde tem como principal característica um docinho achocolatado que dá água na boca. 

Para segurar o docinho, gotinhas cítricas escondidas no fundo arrematam a saída. Pera gelada tenta trazer conforto em meio ao doce.

Para arredondar a composição, um atalcadinho discretíssimo garante toque aveludado ao fundo. A íris começa com ar de maquiagem, e evolui para um talquinho delicioso.

Sim, La Vie Est Belle é lindíssimo, fácil de agradar, muito bem feito, e pai de um zilhão de gourmands que imitam esse estilo, fazendo adaptações conforme necessárias: Olympea com seu tom salgado, Black Opium com café, Poison Girl com seu xarope de cereja, La Nuit Tresor com seu pralinê extremo e patchouli, Elysée Nuit misturando todos esses. 


Não vou nem entrar no mérito dos incansáveis contratipos. Todo mundo tem sua versão. 

Não é um perfume que eu secaria o frasco, já senti esse cheiro em tantos outros perfumes que já saturei. Mas que é bonito, isso ele é. E que faz sucesso com quem quer que o cheire, sem dúvidas.

Notas
Saída: cassis e pêra.
Coração: íris, jasmim e flor de laranjeira.
Base: patchouli, fava tonka, baunilha e pralinê.

Nenhum comentário:

Postar um comentário