Clássico e sem floreios, Organza é um floral oriental direto ao ponto e muito fino, criado em 1996. Flores brancas com seu característico indol abrem o caminho, indicando a surra de gardênia e tuberosa que vem por aí. Tuberosa oitentista, rainha, pungente e plástica, juntamente com peônia, jasmim e flor de laranjeira de presença dão ar maduro, clássico e sério. É muita flor branca, meu Deus!
Algo verde e cítrico que me lembra bastante repelente à base de citronela aparece fantasmagoricamente. Pode ser a flor de laranjeira me traindo o faro, mas esse ardido cítrico está ali, de leve, na abertura, rapidamente.
Passada a impressão de citronela, vem uma junção amarguinha de tuberosa, gardênia e noz, até a baunilha bem docinha, quase aroma de biscoito, amenizar e controlar a situação.
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Esses temperos e um fundo polvoroso quente conferem um tom que se assemelha ao cheiro natural de pele, carnal e úmida, perdido no meio do odor forte das flores brancas, até desaparecerem na baunilha aquecida por madeiras, após uma boa quantidade de horas.
Fino até não poder mais, mas com um floral difícil para quem não gosta de flores brancas, secas, meio atalcadas e animálicas.
Um clássico!
Um clássico!
Notas
Base: bergamota, flor de laranjeira africana, gardênia, noz-moscada e notas verdes.
Coração: madressilva, tuberosa, jasmim, íris, nozes e peônia.
Base: baunilha, âmbar, cedro da virgínia, madeira guaiac e notas amadeiradas.
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