sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Baiser Volé, Cartier


Não sei o que acontece com a Cartier. Vários perfumes que testei são um misto de tudo que não gosto ou não dou bola na perfumaria, e mesmo assim me atraem bastante. No fundo, dá pra perceber o DNA da marca.

Cheiro de hidratante, sabonete, shampoo branco, creme...você escolhe. Mas não me refiro àquele frutal fresco bobinho não, naaaaada disso. Nem de almíscar cremoso, nem de talquinho de flores brancas tipo gardênia ou tuberosa. É melhor que isso.

Baiser Vole, de 2011, é leve, fluido, cremoso, adstringente, floral com um discreto adocicado, mas não pende para nenhum desses lados totalmente. É um cheiro limpo, delicioso, rico e fino, digno da Cartier. 

Seu lírio tem toques verdes e frescos, toques adocicados, toques florais e o típico tom acetinado/cremoso da flor. O verde é um aroma revigorante de despertar e sentir folhas frescas balançando ao vento, mas completamente envolvidas na suavidade cremosa do lírio - que claramente esconde outras flores na pirâmide.


Preciso dizer que não gosto de perfumes inteiramente verdes e florais, morria de medo desse aqui, mas ele não tem aquele característico cheiro de mato ou de buquê, não é forte, nem pende para fougères, cítricos-aromáticos ou aqueles talcões florais. 

E mesmo não sendo o tipo de perfume que me faria gastar dinheiro em um frasco, esse aqui me trouxe um conforto bem grande, curiosamente. Faz bonito de dia e de noite, é um excelente coringa, ótimo para ser perfume assinatura. 

Notas
Saída: lírio e cítricos.
Coração: lírio.
Base: lírio verde e notas verdes.

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