sexta-feira, 8 de março de 2019

Lua (antigo), Natura


Essa fragrância está sempre indo e vindo no portifólio da Natura, com uma reformulação aqui e ali, além de mudanças no frasco. A versão que eu vou falar agora foi uma das primeiras a sair nos catálogos, anterior à versão de 2012. O frasco branco tinha nuances brilhantes que refletiam a luz lembrando vagamente o reflexo da adulária (pedra da lua). Bem bonito, bem Natura nos anos 2000.


Lua e Sol são clássicos da casa, foram bem famosinhos nos anos 2000 dentre o público que consumia essas fragrâncias. Lua seria a opção noturna da duplinha, enquanto Sol traria uma faceta mais fresca para usar de dia.


E de fato, Lua é mais encorpado. Assim que aplicado na pele, já vinha bastante álcool com saída cítrica. Depois vinham toques abaunilhados e frutas amarelas, principalmente damasco. Flores genéricas e inofensivas compunham o corpo da fragrância.

Tinha um ar cremoso, mas as flores com madeira predominavam o coração. Eu sentia um fundo amadeirado-incensado em todas as fragrâncias clássicas da natura nessa época, e com Lua não é diferente: a base de sândalo.

Não é nenhum perfume espetacular ou que faça falta, exceto para quem sente nostalgia. Era mais um floral ok, desses que a gente encontra vários por aí, mas ao sentí-lo novamente, a memória daquela época é ativada em algum lugar do nosso cérebro, e ele se torna um floral bem gostoso.

É possível apreciar, em sua naturalidade e simplicidade com um toque misterioso, um perfume que servia para ressaltar quem o usava, e não o contrário.

Notas
Saída: limão, mandarina, abacaxi, maracujá e damasco.
Coração: lírio do vale, peônia, rosa e frésia.
Base: sândalo, almíscar e madeiras ambaradas.

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