segunda-feira, 24 de junho de 2019

Kenzo Jungle L'Elephant, Kenzo


Ai, Kenzo Jungle. Por que sois vós tão difíceis? 

L'Elephant já chega na pele amargo e temperado. Parecem folhas maceradas, um doce estranho e natural de ervas, cascas e sementes. Um verde gelado e picante envolvendo sementes amargas amassadas. Parece uma cozinha repleta de ervas medicinais nada agradáveis ao paladar, de aroma curioso. É o cardamomo adocicado por cravo.

Ao fundo, um cheiro marcante da base que perpassava por todas as fragrâncias dos anos 80 e 90. Aquela mistureba com ylang ylang e outras flores. Eu realmente sinto mais flores do que a pirâmide apresenta, como os buquês florais brancos e amarelos antigos. Não gosto, mas muita gente gosta.

Melhora mais conforme vai evoluindo, porque aí surge uma baunilha gostosa, mas ainda exótica, pra amaciar a coisa. Tem um quê narcótico, mas de floresta, de mato, de rituais quase selvagens. Alguém em transe exala esse aroma.


O coração é realmente mais doce, com destaque para o anis. Mas ele mantém algo metálico em minha pele. O cardamomo é o dono do perfume. Achei estranho e curioso, do tipo "isso é tão estranho, deixa eu cheirar mais um pouco".


Foi lançado em 1996, parte da coleção Jungle, que conta com a versão masculina e o irmão Kenzo Jungle Le Tigre. Todos cheios de temperos.

Notas
Saída: tangerina, trevos e cominho.
Coração: alcarávia, manga, heliotrópio, ylang ylang, alcaçuz, gardênia e cardamomo. 
Base: âmbar, patchouli e baunilha.

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