sexta-feira, 12 de julho de 2019

Joop! Femme, Joop!


Joop! foi meu primeiro amor, usado com carinho e parcimônia da miniatura que mamãe colecionava, quando eu era criança. Ele não brinca em serviço. Tem muitos aldeídos, com aquele toque assabonetado. Um toque incensado bate ao fundo. Meio místico, meio oitentista, totalmente bomba e diferentão.

Aí entra em cena uma nota que deveria ser crime contra a humanidade: civeta. Coisa rústica, pesada e séria - aroma animálico de entranhas, pele e suor de castor, claro, diluído em homeopáticas doses para dar somente um toque carnal e rústico. Mesmo assim, civeta é ruim que dói.

Senti um toque cítrico depois de alguns bons minutos. É perceptível que Joop! teve como inspiração o clássico Shalimar, tirando toda a baunilha do Guerlain, certamente. Mas cada um seguiu seu caminho e foi ser feliz.

Não sinto tanto sândalo como dizem por aí que ele tem.

Joop! só funciona no frio, que é quando sinto menos as notas animálicas. Também só funciona se usar pouco, pra não sufocar, pra deixar aquele ar perfumado e não gritar, porque com três sprays ele já grita.

Fixação? Bomba! Projeção? Bomba! Rastro? De crocodilo.


Foi lançado em 1987 e curiosamente segue firme no mercado.

Notas
Saída: aldeídos, coentro, notas frutadas, bergamota e limão verdadeiro ou siciliano.
Coração: flor de laranjeira, jasmim, lírio-do-vale e rosa.
Base: sândalo, fava tonka, âmbar, patchouli, almíscar, civeta, musgo de carvalho, baunilha e cedro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário