segunda-feira, 2 de setembro de 2019

CK One, Calvin Klein


Durante os anos 90, em meio a uma pequena resistência de bombas florais, os cítricos-almiscarados-frescos cheios de calone reinaram com prosperidade.

CK One (1994) foi um marco da época, inspiração para muitos perfumistas e assinatura de muita, muita gente. Seu almíscar branco cremoso de lavanderia, de roupas de cama limpa, de blusa branca e calça jeans básicos servem como base para um limão delicioso. 

A saída é uma indulgência cítrica, fresca e cremosa, feita para não enjoar ninguém. É um perfume para complementar a pessoa, não sobressaí-la - absolutamente compartilhável.

As frutas geladas que desfilam por ele desprendem refrescância, vigor, despojamento. Felizmente ele não é linear, é possível sentir seu desabrochamento. As poucas flores que compõem o coração complementam a sensação de frescor cítrico e suave, envolvem o corpo e dão ar de pessoa cheirosa.

CK tem um pouco de tudo, flores, frutas, almíscares, folhas, mas absolutamente todas ressonam em harmonia. Nada salta, e ele, mesmo evoluindo bem, não muda o ritmo. 

Horas depois, o que resta na pele é a mistura de cedro com almíscar que não tem como dar errado.


Há quem diga que é bem fraco e não dura nada. Em mim é um dos mais potentes que eu tenho, mesmo sendo frescão, projeta com poucas borrifadas e a longevidade é ótima. Só provando para saber qual será o comportamento dele.

Notas
Saída: abacaxi, notas verdes, tangerina, mamão papaia, bergamota, cardamomo e limão verdadeiro ou siciliano.
Coração: noz-moscada, violeta, raíz de orris, jasmim, lírio-do-vale, rosa e frésia.
Base: sândalo, âmbar, almíscar, cedro, musgo de carvalho, chá verde e acorde verde.

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