segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Oscar, Oscar de la Renta


Oscar de la Renta figura entre os maiores nomes da indústria da moda desde 1960. O primeiro perfume da maison - Oscar - foi lançado em 1977, se tornou um best-seller e até hoje se mantém no mercado.

Oscar é um floral branco e especiariado como qualquer outro perfume da época. Abre amargo e forte te dando um soco no estômago com tuberosa, a monarca absolutista de todas as flores.

Tuberosa é dessas flores que gosta de toda a atenção para si, quando ela é natural e vem do óleo essencial, com aroma carnal, que beira o fétido, o animálico, o agressivo, mas ao mesmo tempo o limpo e o melífluo. 

Adocicada por especiarias como cravo e tantas outras resinas, a tuberosa é muito bem complementada por um zilhão de notas. Tem uma certa cremosidade nessas flores. Posso distinguir também lavanda, coco, resinas incensadas e sândalo (tanto com suas facetas amadeiradas quanto leitosas). Tenho a impressão de sentir cardamomo e aldeídos.

Obviamente tem aroma datado para aqueles que não gostam de florais antigos e é sim um perfume difícil, amargo, com tuberosa fecal demais. Eu jamais usaria. Em seu tempo era um aroma de presença, sensualidade, poder e principalmente ousadia. Porque convenhamos, usar um floralzão desses é só para quem pode.

Notas
Saída: coentro, flor de laranjeira, gardênia, pêssego, manjericão, bergamota e trevos. 
Coração: alecrim, tuberosa, lavanda, orquídea, jasmim, ylang ylang, rosa e íris
Base: sândalo, âmbar, patchouli, lavanda, opoponax, coco, trevos, vetiver, mirra e almíscar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário