domingo, 18 de setembro de 2016

Crazy Feelings, O Boticário

Esqueça os eau de chuchu que o mercado lança diariamente como "sensual", "sexy", "sedutor". Troque todos pelo Crazy Feelings.


Embora seja um oriental com rosas incensadas, vejo seu cheiro perfeitamente envolvendo a pele de uma mulher latina.  Paola Bracho o usaria. Linda, cruel, chamativa e com bocão vermelho.

Inspirado no Dune da Dior, é uma síntese da sensualidade caliente de acordes terrosos e quentes, graças ao patchouli, vetiver e especiarias.

Saída cítrica que dura alguns minutos, depois evolui pra especiarias quentes e um floral doce, que parece adornar um corpo quente e levemente úmido. Tem algo meio esfumaçado, meio terroso, eu até arriscaria tintura de solo, se fosse possível imaginar que tivessem usado algo do tipo, mas é patchouli e cravo em suas formas mais terrosas.

As flores temperadas com especiarias dão o ar dramático de vilã de drama mexicano no começo dos anos 90 em forma de perfume. Se flores brancas e aldeídos eram reis e rainhas dos anos 80, o cravo continuou brilhando em algumas composições nos anos 90. O frasco clássico é outra beleza, com seu vermelho fatal denunciando o veneno potente que se encontra dentro.

Projeção gritante, sufocamento garantido, custo benefício ótimo. Foi lançado em 1995, a casa O Boticário descontinuou, mas costuma trazer de volta em edições especiais.

Notas 
Saída: Flor de Laranjeira e Tangerina.
Coração: Rosa, Lírio-do-vale e Cravo.
Base: Vetiver, Almíscar e Patchouli.

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