Esqueça os eau de chuchu que o mercado
lança diariamente como "sensual", "sexy",
"sedutor". Troque todos pelo Crazy Feelings.
Embora seja um oriental com rosas
incensadas, vejo seu cheiro perfeitamente envolvendo a pele de uma mulher
latina. Paola Bracho o usaria. Linda,
cruel, chamativa e com bocão vermelho.
Inspirado no Dune da Dior, é uma síntese
da sensualidade caliente de acordes terrosos e quentes, graças ao patchouli,
vetiver e especiarias.
Saída cítrica que dura alguns minutos,
depois evolui pra especiarias quentes e um floral doce, que parece adornar um
corpo quente e levemente úmido. Tem algo meio esfumaçado, meio terroso, eu até
arriscaria tintura de solo, se fosse possível imaginar que tivessem usado algo
do tipo, mas é patchouli e cravo em suas formas mais terrosas.
As flores temperadas com especiarias dão
o ar dramático de vilã de drama mexicano no começo dos anos 90 em forma de
perfume. Se flores brancas e aldeídos eram reis e rainhas dos anos 80, o cravo
continuou brilhando em algumas composições nos anos 90. O frasco clássico é
outra beleza, com seu vermelho fatal denunciando o veneno potente que se
encontra dentro.
Projeção gritante, sufocamento garantido,
custo benefício ótimo. Foi lançado em 1995, a casa O Boticário descontinuou,
mas costuma trazer de volta em edições especiais.
Notas
Saída: Flor de Laranjeira e Tangerina.
Coração: Rosa, Lírio-do-vale e Cravo.
Base: Vetiver, Almíscar e Patchouli.
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