sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Gincenso, Daniel Barros


Primeiro perfume da coleção Barista, de 2016, que pude experimentar. Um dos poucos nichos nacionais, buscando criar composições originais e diferentes das que se encontram saturando o mercado atualmente.

Gincenso, como o nome sugere, foi inspirado em uma bebida preparada com Gim e toques de incenso. Abre herbal ardido, inicialmente pensei em notas como menta ou hortelã, mas ao olhar a pirâmide, lá estava ela: elemi, aquele efeito gelado à lá expectorante (porém sem esse aspecto exagerado). Temperos de cozinha como ervas verdes um pouco escuras e amargas foram maceradas e se juntaram ao frescor da saída. Mais pro lado aromático masculino, porém compartilhável. Sensação de lavanda fresca em algum momento da saída, graças às folhas frescas e aromáticas, mas não creio que tenha lavanda, provavelmente foi a sensação das folhas verdes.

O aspecto frisante e "bubbly" do gim se dá pelo efeito gelado e efervescente dos temperos e resinas, se aproximando da sensação borbulhante da gim-tônico. O incenso, apesar de presente, não torna a composição toda esfumaçada e seca como estamos acostumados, ela segue fresca. Gengibre ardido, elemi e olíbano predominam dando sensação de refrescância, enquanto a base é mais amadeirada.


A cor azul do líquido combina bem com o estilo frozen dele, e chama bastante a atenção.

No geral, gostei do Gincenso, mesmo pendendo para o masculino, por ser frio e ardido de maneira perceptível, sendo o coração e o drydown bem mais tranquilos. A duração na minha pele, entretanto, foi curta, se aproximado da proposta de uma colônia.

Notas: bergamota, junípero, anis estrelado e pimenta rosa.
Coração: gerânio, violeta, noz-moscada e gengibre.
Base: vetiver, cedro, olíbano, elemi e almíscar.

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