Nos primeiros segundos na pele, Linda nos apresenta nuances aquáticas, quase refrescantes, que se convertem em cheiro de limpeza, assepsia. Agradecemos essas impressões ao bambú e à folha de violeta, que ao contrário de seus pétalas polvorosas, as folhas são verdes e aquáticas. Logo essa impressão é tomada por uma pimenta rosa suave, porém bonita, que equilibra os tons amadeirados picantes e doces da especiaria, quebrando a monotonia do ar limpo e certinho.
O coração é composto por um floral branco, um pouco polvoroso que dá o tom de sutileza e suavidade. A gardênia não grita, não é carnal. É levemente verde, quase molhado pelas gotas de água que se somam ao aroma fresco da frésia. Adoro quando o perfume tem essa vibe fresca e úmida, mas não é gelado graças aos temperos que dão uma leve aquecida. Acrescente almíscar branco para elevar a sensação de limpeza. A melhor parte de Linda é ser um floral branco que não agride os menos chegados nesse bouquet.
Passadas as impressões iniciais, as resinas aos poucos substituem o frescor e a sensação aquática por um aspecto mais denso, mais oleoso, adocicado e quente. As frutas vermelhas não são dignas de serem notadas, excluindo qualquer possibilidade de um frutal bobinho.
Acho perfeito para o trabalho, para reuniões, ocasiões mais sérias e discretas, e mesmo assim ele projeta bem. Foi lançado em 2003.
Notas
Saída: bergamota, toranja, folha de violeta e bambu.
Coração: gardênia, tiaré, jasmim, frésia, bagas vermelhas, framboesa, anis e pimenta rosa.
Base: sândalo, cedro da virgínia, fava tonka, benjoin, âmbar e almíscar.
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