domingo, 15 de janeiro de 2017

Giorgio, Giorgio Beverly Hills

Meu frasco antigo com as letras gastas
Ah..os exageros dos anos oitenta. O blush extra rosa, o batom com cores extravagantes, as ombreiras, o cabelo bagunçado. Tudo exagerado, tudo over. Se é clássico da época, TEM que ter tuberosa. 

E não é pouca, é muita. Exagerada, carnal, selvagem, cheirosa. Com gardênias verdes e molhadas, e jasmim doce. O frutal de Giorgio é lindo, é suculento, doce, alegre e ensolarado. Mesmo tendo pêssego, nada desanda para o lado infantil. Porque Giorgio é adulto, escancarado e escandaloso, como os anos oitenta. 

A baunilha é deliciosa, quando dá o ar da graça aqui e ali, completando o buquê restante, que finge que aparece. Mas logo tudo isso é sufocado pelas muitas flores brancas que o fazem quase linear na tuberosa. Não aquela doce, mas o tipo seco e sexual, noturna e deveras difícil para vários narizes. O resto é musgo de carvalho ao fundo, complementando o verde-selvagem-antigo das flores brancas.


Se minha pele se desse melhor com florais brancos, adoraria ele. Projeção, obviamente, não é nada tímida. Lançado em 1981, até hoje é polêmico e considerado um perfume difícil.

Notas
Saída: damasco, flor de laranjeira, pêssego e bergamota. 
Coração: tuberosa, gardênia, orquídea, jasmim, ylang ylang e rosa.
Base: sândalo, âmbar, camomila, patchouli, almíscar, musgo de carvalho, baunilha e cedro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário