Perfume carregado no patchouli que não é seco, áspero e ardido? Tem sim, senhor!
Tinha certo receio (e muita curiosidade) pra provar Python, pela fama e pelas notas. Foi inspirado no descontinuado Midnight Poison, e carrega consigo um ar diferentão e um fundo adocicado.
Assim que abre, Python é geladinho e canforado, uma das várias facetas que o patchouli pode apresentar. Sabe Vick? Então, tem esse quê ardidinho e frio.
O patchouli também é doce e resinoso, uma combinação me lembra aquele aspecto adocicado de Coca-cola (viagem minha, eu sei). Essas resinas balsâmicas se abraçam a uma rosa cremosa e delicadíssima, que fica mais evidente no coração, e ajuda a não ficar só naquele patchouli. O canforado da saída vai amenizando e no coração já nem faz tanta diferença.
Na minha pele particularmente o patchouli não foi tão forte quanto eu esperava. Acreditei que fosse sentir um perfume bem mais para o lado dos masculinos, mais áspero, só que não aconteceu.
Cítrico não sinto nadinha que valha a pena notar. A rosa é bem semelhante às demais rosas que a Mahogany usa, sinto esse fundinho que parece ser comum aos demais perfumes da marca, e isso me agrada.
O drydown tem um almíscar mais fortinho, e aí sim ele fica meio "masculino", o que combina bem nessa fase.
O drydown tem um almíscar mais fortinho, e aí sim ele fica meio "masculino", o que combina bem nessa fase.
Python tem vários elementos distintos e bem equilibrados, seu doce "natural" é diferente, seu floral é contido, carrega consigo um quê de incenso de resinas com o aroma terroso do patchouli (mas nada forte!), tudo bem ambarado. Lançado em 2015. É diferente mas também é fácil de usar, não tem complicações.
Notas
Saída: tangerina e bergamota.
Coração: rosa.
Base: patchouli, âmbar e baunilha.
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