sexta-feira, 15 de junho de 2018

Egeo Red, O Boticário


Em alguns perfumes você consegue sentir uma nuance nova cada vez que passa na pele, tamanha sua complexidade. Em outros, da primeira até a última borrifada permanecem a mesma coisa, não importa por quanto tempo você use. Isso não determina se um perfume é bom ou ruim, são apenas suas características.

Egeo Red pertence ao segundo grupo. 

Abre doção, melado, parecendo calda de sorvete. Na tua cara ele já grita que é muitíssimo parecido com o Black Opium, mas sem o café. De lá ele só trouxe a baunilha em calda de sorvete. 

Ao fundo sobe um aroma cremoso de pralinê com patchouli que o La Vie Est Belle trouxe para a perfumaria e absolutamente tudo que veio depois copiou.

É um gourmandzão fortinho, extremamente licoroso, estilo calda de cereja, morango ou groselha que nós jogamos por cima de um sundae. Tão licoroso que a consistência na pele é a de um óleo mesmo. 


Queria ter sentido os acordes de marshmallow, rum e pimenta rosa, mas baunilha, pralinê, frutas vermelhas dominam a fragrância. Depois de uma hora, mais ou menos, ele fica bem mais leve na pele.


É bem feitinho, nenhuma fruta vermelha amargou na minha pele. Acho a cara de presente para o Dia dos Namorados. Não tem nada de novo, é igual a outros zilhões, incluindo o estilo doce do Elysée Nuit, mas agrada fãs de gourmands. 

Vi muita gente reclamando da duração, na minha pele projetou bastante na primeira hora, depois sossegou. Mas uma borrifadinha aguentou firme e forte por seis horas. Se eu tivesse que definí-lo, seria: Black Opium com cereja. Descafeinado, por favor.

Notas
Saída: mandarina, pera, pimenta rosa, frutas vermelhas e rum.
Coração: jasmim sambac, íris, orquídea chocolate, gardênia e marshmallow.
Base: cedro, patchouli, sândalo, benjoim, baunilha, almíscar e pralinê.

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