segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Jannah, Al Haramain


Al Haramain é uma perfumaria árabe cuja história começou lá em 1970, quando eles eram fornecedores de matérias primas típicas do oriente médio, como agarwood e Dehnal Oud, essenciais para a crescente indústria de fragrâncias da região. Nesse ano o primeiro perfume da casa foi lançado e desde então a marca tem sido um dos principais nomes quando se fala em Attar, especialmente graças a seus preços módicos.

Jannah começa embalado por madeiras secas (tipo carvalho) com toques medicinais (tipo os que encontramos no oud). Na saída nós já ficamos sabendo: zero doce ocidental, zero cremosidade, zero flores, zero especiarias. Madeiras secas, basicamente. 

Mas são madeiras um pouco diferentes das usadas na perfumaria masculina, por vezes picante com especiarias, por vezes com aquele toque empoado como se o líquen de uma árvore e todos os demais fungos do tronco estivessem ali também. É aquela mistura verde, empoeirada, úmida e amadeirada, que alguém engarrafou e fez um attar.


Em dado momento é perceptível que algo picante, alguma especiariazinha com toques esfumaçados, pula no meio de Jannah. Coisas de attar, né?!

É mais fácil agradar ao gosto do público masculino já acostumado a esse tipo de perfume, do que ao público feminino em geral. E arrisco dizer que somente àqueles que buscam um aroma diferente. 

Mas o attar está aí, a preços baratos no eBay para quem quiser um toque oriental dos bravos. Eu particularmente não curti, nem usaria. Não é ruim, só não me agrada nadinha.

Notas
absinto, hortelã, feno, âmbar e almíscar.

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