segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Violette Angel, Thierry Mugler


A coleção Jardin d'Étoiles, ou Garden of Stars, trouxe versões repaginadas do clássico Angel, cada uma sob acordes de uma flor diferente: violeta, lírio, peônia e rosa. Como o nome indica Violette, de 2005, é todo trabalhado na violeta.

A maioria dos flankers do Angel não possuem muitas diferenças para o original, mas esse aqui se destaca. Abre com talcão de violeta, do tipo que encontramos no Flower e outros perfumes com o aspecto metálico e polvoroso da flor. Porém, o "fundo" da saída é distinguível pelo patchouli seco e o mel-achocolatado-açucarado que Angel tradicional carrega, enterrados no meio de tanta violeta. 

Gosto muito de violeta, mas com patchouli a coisa desandou totalmente em mim. A saída é muito forte e assusta, três sprays me fizeram parecer um sachê ambulante com tanta violeta misturada ao jacinto (ugh!) que saturou meu olfato. Senti falta do doce e mais equilíbrio ali.


Conforme o susto inicial vai passando, um fundo adstringente e orvalhado, meio cremoso, sobe. É curioso e adiciona ainda mais profundidade a um perfume que já é complexo como o Angel.

Sei que muita gente gosta, e definitivamente é uma obra que merece mais atenção e uma química melhor. Mas em mim ficou muito forte, terrível a ponto de sufocar. Infelizmente não rolou.

Notas
Saída: folha de violeta, jacinto e açúcar. 
Coração: violeta e notas amadeiradas.
Base: patchouli, musgo de carvalho e baunilha.

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