segunda-feira, 10 de junho de 2019

Sublime, Jean Patou


Friozinho chegando, hora de colocar as bombas para fora, inclusive as que eu quero testar.  Aí resolvi pegar um clássico que é a cara de mulher rica em novela dos anos 80 e 90. 

Sublime, como qualquer perfume com mais de vinte anos, não é propício para nosso calor. Filho de 1992, mas com os dois pés nas bombinhas oitentistas, abre picante, com especiarias, flores brancas e amarelas, melífluas e atalcadas.

Amarelo é a cor que eu "sinto" quando ele se assenta na minha pele, iluminado, quente, picante, envolto por um buquê de flores com tons que vão do branco ao dourado. Logo de cara vê-se que é um floral atalcado. O âmbar chega aquecendo as flores brancas, adocicando e deixando as pontas mais arredondadas. Sinto mais notas do que a pirâmide me conta, mas nada salta. 

Conforme evolui, o ylang domina a fragrância. Curiosamente, percebo um toque de limpeza e acredito que seja por causa de algum aldeído aí no meio. Flores e provavelmente alguma civeta contrastam com a limpeza dos aldeídos. Tem sândalo incensado no meio também, bastante sândalo. A transição entre as fases de Sublime é suave, mesmo sendo bem distintas umas das outras. 

O coração é doce-âmbar, bem agradável.


Minha miniatura é de 1998, antes de todas as reformulações. Acho usável até hoje, mas é preciso dosar bem, e gostar de perfumes vintage. Fica significativamente melhor no frio. 

Notas
Saída: tangerina, bergamota, laranja e ylang ylang.
Coração: jasmim, lírio-do-vale, rosa e flor de laranjeira.
Base: âmbar, almíscar e patchouli.

Nenhum comentário:

Postar um comentário