V surgiu em 2005 pelas mãos o mestre Alberto Morillas e tem a cara da ryqueza que esse homem sabe botar em tudo que faz. De cara nós temos uma laranja luminosa, não ácida e com toque amendoado. A abertura cítrica se soma a um amadeirado leve e confortável, graças ao sândalo, que não fica só na base. O figo dá seu toque levemente amargo, sem pesar a composição.
A combinação de laranja e sândalo é caminho pra algo simples, clássico e feminino, ao mesmo tempo bastante amadeirado. O cítrico ressalta menos o lado azedo e mais o lado amargo adocicado. Essa delicadeza é semelhante àquela presente no Glamour, d'O Boticário, que, olha só que coincidência (haha não) é do Morillas também.
Devo dizer, também, que há um pequeno paralelo entre essa laranja amendoada e a do Pi, da Givenchy, outra obra do perfumista.
Devo dizer, também, que há um pequeno paralelo entre essa laranja amendoada e a do Pi, da Givenchy, outra obra do perfumista.
O ambargris é discreto e apenas aquece o caminho até chegar à base, onde o sândalo desprende seu lado leitoso. O resultado é lindo, sofisticado, ótimo pra qualquer ocasião.
No geral, V é leve, fluido, radiante e deveras amadeirado. Tanto que pode ser facilmente compartilhável. Foi descontinuado por razões que eu nunca vou entender. Único ponto negativo é a projeção discreta.
Notas
Saída: tangerina, figo e grapefruit rosa.
Coração: rosa, frésia e néroli.
Base: sândalo, cedro e ambargris.
Nenhum comentário:
Postar um comentário