Já devo ter falado em algum lugar desse blog que nós reclamamos muito sobre os lançamentos atuais serem todos parecidos, mas os de antigamente não fogem a essa regra. A leva de perfumes lançados há 30 ou 40 anos era bem uniforme, poucos perfumes fugiam da onda exuberante floral e animálica.
Flores carnais, brancas e amarelas encabeçam Giò. Suculentas, adocicadas e narcóticas, elas também me causam a impressão de amargor, um certo cheiro fétido. Não gosto de tuberosas, jasmim e gardênia vintage, o que sobressai em mim é sempre o aroma fecal desagradável, mas por sorte elas não estão sozinhas.
Frutas docinhas, coloridas e vibrantes acompanham essa sinfonia de aromas. Gió é opulento, maduro, alegre, dourado e semelhante às centenas de perfumes das décadas de 70, 80 e 90 que abusavam de flores, frutas e condimentos. Claramente ele tem temperos como cravo, canela, toques de jacinto e outras mil flores verdes, secas e indólicas, abraçadas pelo aspecto doce do néctar dessas flores e um calor ambarado. Tudo bem natural.
Faz a linha do Poison e do Giorgio Beverly Hills. É um pefumão para climas mais frios, para causar, para aqueles que sabem apreciar e não têm medo de encarar um perfume hoje considerado "datado".
Notas
Saída: rosa vermelha, tangerina siciliana, violeta, jasmim, bergamota, pau-brasil e jacinto.
Coração: cravo, tuberosa, íris, flor de laranjeira, gardênia, cássia, raíz de orris, pêssego, flores brancas, trevos, ylang ylang, lírio-do-vale e mirra.
Base: sândalo, âmbar, almíscar, baunilha, cedro e styrax.
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