segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Giò, Giorgio Armani


Já devo ter falado em algum lugar desse blog que nós reclamamos muito sobre os lançamentos atuais serem todos parecidos, mas os de antigamente não fogem a essa regra. A leva de perfumes lançados há 30 ou 40 anos era bem uniforme, poucos perfumes fugiam da onda exuberante floral e animálica.

Flores carnais, brancas e amarelas encabeçam Giò. Suculentas, adocicadas e narcóticas, elas também me causam a impressão de amargor, um certo cheiro fétido. Não gosto de tuberosas, jasmim e gardênia vintage, o que sobressai em mim é sempre o aroma fecal desagradável, mas por sorte elas não estão sozinhas.

Frutas docinhas, coloridas e vibrantes acompanham essa sinfonia de aromas. Gió é opulento, maduro, alegre, dourado e semelhante às centenas de perfumes das décadas de 70, 80 e 90 que abusavam de flores, frutas e condimentos. Claramente ele tem temperos como cravo, canela, toques de jacinto e outras mil flores verdes, secas e indólicas, abraçadas pelo aspecto doce do néctar dessas flores e um calor ambarado. Tudo bem natural. 


Faz a linha do Poison e do Giorgio Beverly Hills. É um pefumão para climas mais frios, para causar, para aqueles que sabem apreciar e não têm medo de encarar um perfume hoje considerado "datado". 

Notas
Saída: rosa vermelha, tangerina siciliana, violeta, jasmim, bergamota, pau-brasil e jacinto.
Coração: cravo, tuberosa, íris, flor de laranjeira, gardênia, cássia, raíz de orris, pêssego, flores brancas, trevos, ylang ylang, lírio-do-vale e mirra.
Base: sândalo, âmbar, almíscar, baunilha, cedro e styrax.

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