sexta-feira, 5 de julho de 2019

Elysée Blanc, O Boticário


Se eu fosse a pessoa responsável pelo design dos frascos da marca, teria feito um degradê branco (igual ao Elysée Nuit) nesse frasco. Esse amarelo é bem sem graça.

Minha linha favorita do Boticário atualmente é a Elysée. Era a Make B., com seus perfumes agradáveis, criativos e de boa fixação, mas ela estacionou com o perfume tradicional e um flanker contratipo do 212 Vip Rosé. Uma pena, queria novos lançamentos tão criativos e adoráveis quanto o AfricaníssimaModern Asia, Lumina e Tropical Colors.

Vamos ao Elysée Blanc. A saída é frutal, molhada, fresquinha, cítrica, mas já indica que o perfume é envolto por um aroma bem adocicado. Primeiro vem pêra refrescante, ensopada de caldo. O pêssego é luminoso, docinho, festivo e artificial, enfeitado com ameixas. Nenhuma dessas frutas se parecem com o que a gente compra no mercado, claro. 

Há algo familiar nele, que nos remete instantaneamente a alguns perfumes lançados há pouco tempo. Sobe um aroma terroso, mineral, meio salgado, meio selvagem. Não é por acaso que ele é classificado como um chypre. Me lembrou de longe o Nomade de Chloé.

Um toque discretamente polvoroso no pêssego vem da misturinha da jasmim e da íris que desabrocham no coração. Principalmente jasmim.

Com o tempo, sobe um aroma gourmand bem gostoso que exala para quem está perto. Diz a pirâmide que é açúcar mascavo, mas não foi exatamente isso que senti. É chypre, é gourmand, é floral e é frutal. Tudo junto e misturado.

Eu gostei, não tenho do quê reclamar, exceto o preço, bem salgadinho. E a cor do frasco, porque eu quero reclamar dela novamente. Duração poderia ser um tiquinho melhor, pelo preço, mas tá ok. Eu aceito um frasquinho pra chamar de meu. Ponto pra linha Elysée!

Notas
Saída: pera, pêssego, ameixa, damasco e framboesa.
Coração: jasmim samac, rosa damascena, muguet, flor de laranjeira e íris.
Base: âmbar, almíscar, cedro, patchouli, sândalo, açúcar mascavo e vetiver.

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